Le colloque se tiendra les 13, 14 et 15 juin 2018 à Tours
Modification du climat, diminution de la biodiversité, standardisation des paysages : dans un monde de plus en plus urbanisé, ne faut-il pas examiner en quoi ces enjeux environnementaux concernent les villes, où qu’elles se trouvent dans le monde et quelle que soit leur taille ? Réciproquement, quand les autorités locales s’emparent des questions de nature, sous la pression des populations ou par la force des modèles d’écocités, n’aborde-t-on pas simultanément des questions écologiques et d’autres qui relèvent de l’urbanisme et de la promotion d’un territoire ?
Ce colloque est organisé par une des équipes de l’UMR CITERES, Dynamique et action territoriales et environnementales, qui rassemble des urbanistes, des géographes et des écologues qui souhaitent ici croiser les approches disciplinaires sur deux champs centraux de recherche de CITERES : l’environnement et l’urbain.
Cette manifestation scientifique est également portée par les deux associations qui rassemblent chacune les instituts d’urbanisme et aménagement francophones et brésiliens, l’APERAU Internationale, Association pour la Promotion de l’Enseignement et de la Recherche en Aménagement et Urbanisme, et l’ANPUR, Associação Nacional de Pósgraduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional.
Le principe est, pour chaque proposition, d’associer autant que faire se peut au moins un intervenant lusophone et un intervenant francophone. Les organisateurs souhaitent mobiliser le plus largement possible des chercheurs de ces deux aires culturelles pour nourrir le débat scientifique sur le devenir des villes du Nord et du Sud, confrontées aux enjeux environnementaux globaux et locaux. Pour faciliter la formation de binômes franco-lusophones, une bourse de propositions est ouverte : voir rubrique "Bourse de propositions franco-lusophones / Bolsa de propostas franco-lusófonas" ci -contre.
Ces Dialogues franco-lusophones ont été exceptionnellement adossés au Rencontres Internationales de l’APERAU 2018 qui se tiendront à Lille du 18 au 22 juin 2018 sur le thème "Que reste-il du projet ? Approches, méthodes et enjeux communs".
QUESTÕES NORTEADORAS
Em um contexto fortemente marcado por conflitos globais relacionados às mudanças climáticas e a mudanças urbanas profundas, particularmente relacionadas ao fenômeno da metropolização como uma expressão espacial da globalização, muitas perguntas surgiram nos últimos anos decorrentes de questionamentos mais gerais sobre o conteúdo e evolução da relação entre cidade e natureza. Além disso, os impactos da globalização e dos distúrbios globais (alterações climáticas, escassez de recursos, perda de biodiversidade, padronização de paisagens ...) também se expressam por meio de impactos diretos e indiretos sobre cidades intermediárias, médias e pequenas .
É o que explica a crescente importância, nos últimos anos, do questionamento sobre a realidade da relação de complementaridade e/ou oposição entre cidade e natureza. Isto pode ser visto nas áreas culturais da francofonia e da lusofonia, muitas vezes com diferentes abordagens, relativas tanto ao contexto social, às trajetórias de desenvolvimento urbano e à disseminação de modelos específicos de "natureza urbana" (temos, por exemplo, a influência considerável de Burle Marx na reflexão sobre a integração da natureza com o espaço público das cidades brasileiras). Assim, o propósito principal do Colóquio é permitir a confrontação entre as diferentes apreensões da relação cidade-natureza dentro das duas áreas culturais. Afim de permitir a colaboração entre autores lusófonos e francofonos desejando propor uma comunicação comum, uma "bolsa" de propostas de assuntos é accessivel no website, na rubrica "Bourses de propositions franco-lusophones / Bolsa de propostas franco-lusófonas".
No entanto, abordar a questão da relação cidade-natureza, a partir das duas áreas culturais e em seus distintos países, não pode levar ao esquecimento das especificidades internas de cada uma das duas áreas culturais nem ignorar a diversidade de abordagens existente nos dois lados, considerando as especificidades de países como Marrocos, Brasil, Bélgica ou Moçambique, Suíça ou em qualquer outro país. Por outro lado, devido a sua amplitude, a temática proposta é prioritariamente enfrentada por planejadores-urbanistas mas deve ser enfrentada também pelas disciplinas que tratam da questão do espaço, como a Ecologia Urbana, Ecologia da Paisagem, Geografia, Sociologia, Economia, Ciência Política e também Arquitetura, sempre numa perspectiva interdisciplinar. O Colóquio é, portanto, aberto a todas essas disciplinas.